terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Saiba como foi a viagem de Darwin pelo arquipélago de Galápagos

Foi no arquipélago de Galápagos que o cientista Charles Darwin encontrou seu verdadeiro tesouro. Mas não se trata de um tesouro de piratas e nem de ouro. A partir das observações que ele fez nestas ilhas, ele pôde criar a teoria da seleção natural, que mudou o mundo.
O livro ilustrado para crianças "Meu Nome É...Charles Darwin", editado pela Publifolha, conta como foi a viagem de Darwin pelas ilhas de Galápagos, onde ele fez várias descobertas.
O livro integra a coleção "Meu Nome É...". Com muitas ilustrações e linguagem leve e clara, cada volume revela a vida, a obra e o contexto em que viveram figuras ilustres da história da humanidade.
Leia abaixo trecho do livro que fala sobre a viagem deste grande cientista ao Arquipélago de Galápagos.
***
O Paraíso das Tartarugas, Iguanas e Tentilhões
Em 15 de setembro de 1835, chegamos às ilhas Galápagos. Esse arquipélago fica a menos de 1.000 quilômetros da costa do Equador. É um conjunto de ilhas extremamente interessante, cada qual diferente da outra. Embora o clima, a vegetação e a fauna fossem parecidos, quando olhava atentamente para as espécies encontrava grandes diferenças entre elas. Isso me deixava intrigado: eu me fazia perguntas que não conseguia responder, sobre a vida e a origem das espécies.
Por exemplo: havia tartarugas gigantes com tipos de carapaça distintos conforme a ilha onde viviam. O mesmo acontecia com as iguanas, que eram bem grandes e também diferentes de uma ilha para outra. Mas o que mais me interessava eram os tentilhões.
Os tentilhões das Galápagos eram pássaros pequenos, do tamanho de um pardal, bastante parecidos entre si, mas seus costumes e seu bico eram distintos. No início, não sabia por quê. Observei que cada espécie de tentilhão, em cada ilha, vivia em um meio diferente, que lhe proporcionava uma alimentação também diferente. Havia tentilhões de bico curto e duro que se alimentavam de sementes, outros de bico fino e curvo, que sugavam o néctar das flores de cacto, e outros ainda de bico mais largo, que comiam insetos. Alguns grupos de tentilhões eram muito parecidos com os das espécies continentais, embora essas ilhas de natureza vulcânica fossem muito mais jovens que o continente. Talvez essas diferenças de ambiente e de disponibilidade de alimentos, aliadas ao isolamento geográfico durante muitas gerações, tivessem determinado os hábitos e até mesmo o porte e a anatomia dessas aves.
Mas essa era uma idéia maluca, que supunha que as espécies aproveitavam as mudanças para se adaptar melhor ao meio em que viviam. Ninguém acreditaria em mim. Praticamente todo o mundo achava que os seres vivos foram criados por Deus com uma forma e um tamanho imutáveis; isto é, que as espécies não se transformavam com o passar do tempo. Por isso, não sabia o que pensar. Será que cada grupo de tentilhões se criara separadamente ou, a partir de um grupo inicial, vindo do continente, teria surgido em cada ilha um agrupamento ligeiramente diferente por uma série de circunstâncias? Eu ficava confuso com tudo isso. Seria melhor anotar tudo, colher algumas mostras e deixar para mais tarde essas teorias meio absurdas.
***
Autores: Lluís Cugota e Teresa Martí
Editora: Publifolha
Páginas: 64
Quanto: R$ 18,90
fonte:folhaonline

0 comentários:

Postar um comentário

Olá!
Este é um espaço aberto para todos aqueles que querem contribuir com suas opiniões sobre os assuntos publicados neste blog. Pedimos apenas a gentileza de que seu comentário não seja ofensivo e possa realmente contribuir para uma melhor compreensão dos temas.
Abraço Fraterno, o Editor.