quinta-feira, 9 de abril de 2009

Na escola, Páscoa deve ser contextualizada para não virar apenas motivo de consumo

Datas comemorativas como a Páscoa são um desafio na educação dos pequenos: como abordar um assunto que tem origem religiosa diante da diversidade de crenças do espaço escolar? Antigamente, o tema era tratado de forma isolada, envolvendo as crianças em atividades lúdicas, nas quais o coelho e os ovos representavam apenas o "dia de ganhar chocolate". Hoje, muitas escolas exploram a data priorizando os significados morais e religiosos que a ela estão relacionados.
Segundo Adriana Vianna, coordenadora do curso de pedagogia da Unicid (Universidade Cidade de São Paulo), na hora de explicar conceitos que envolvem religião, as escolas não podem perder de vista o contexto em que vivem as crianças.
Ela ressalta que deve haver um trabalho de discussão sobre o significado da Páscoa: "Vejo, às vezes, professoras mais preocupadas em fazer orelhas de coelho para as crianças do que em pensar qual é o papel da educação infantil na explicação da data".
Ela diz que é necessário desconstruir a imagem do ovo de chocolate e do brinquedo: "Se a escola não tem um projeto para contextualizar a Páscoa, só acabamos reforçando o discurso consumista da mídia. É trabalho tanto dos educadores quanto dos pais conscientizá-los sobre os significados da data", conclui Adriana.
Na escola
Há diversas formas de abordar a Páscoa: de celebrações religiosas ao plantio de cenoura, passando pela explicação dos diversos símbolos que a cercam.
No Colégio Elvira Brandão, em São Paulo, os alunos dos primeiros anos do fundamental plantam uma cenoura e a relacionam com um comportamento que eles querem melhorar: "Mais do que trabalhar com religião, preferimos focar nosso trabalho nos valores e na melhoria do comportamento", diz Alessandra Lee, coordenadora pedagógica da escola.
"No ensino infantil, incentivamos as crianças a doar suas chupetas e mamadeiras para a 'mamãe coelha', como forma de incentivá-los a amadurecer". A coordenadora conta que os pais têm mais resistência do que as crianças: "As mães ficam com medo de que as crianças queiram a chupeta de volta. Mas nós trabalhamos com os pais a importância disso e eles acabam se envolvendo", diz a coordenadora.
Já colégios como o Renascença, o Mackenzie e o Santo Américo, ressaltam as explicações das crenças judaica e cristã, respectivamente. No primeiro, são explicados todos os rituais do Pessach, celebração da saída dos judeus do Egito. "A idéia é que eles vivenciem e entendam o significado dos alimentos e das músicas do jantar do Pessach", diz a coordenadora de estudos judaicos do colégio, Mindla Fleider.
No Mackenzie são ressaltados os acontecimentos históricos e cristãos da data."Não falamos de ovo ou do coelho, pois isso não tem significado histórico nenhum, é mais uma tradição comercial", diz o capelão Josué Ferreira.
No Santo Américo todo o período da quaresma é trabalhado e há missa de Páscoa no horário de aula. "Preferimos pedir aos alunos que façam um 'jejum de atitudes ruins', mais do que simplesmente deixar de comer", diz a diretora de ensino ético-religioso, Regina Di Giuseppe.
No Rio Branco, cada aluno conta como a data é celebrada em suas casas. Além da troca de culturas, eles também mandam mensagens, sem se aprofundarem nas questões religiosas. "Os alunos fazem muita questão de contar como comemoram em casa. Assim, tratamos da questão da diversidade de uma forma natural; isso não impede uma convivência pacífica na escola", diz a coordenadora de história e geografia Regina Gass.
fonte: BOL
Comentário: A Páscoa que vemos difundida em nossa cultura está muito longe de ser aquela ensinada por Deus ao Seu povo e seu significado está muito longe de ser compreendido pela maioria das pessoas que se enganam com chocolates, coelhos e 'paixões de cristo'. Devemos ensinar abrindo a Bíblia e lendo o texto como Deus nos deixou (Ex. 12). Assim, entenderemos melhor que o julgamento de Deus contra aqueles que perseguiam e oprimiam seu povo foi severo, e assim será nos dias do fim. Também, que aquele que não tiver sua casa - sua vida - sinalizada com o sangue do inocente que fora sacrificado, verá a morte e desolação determinada adentrar a sua vida. O objetivo não é terrorismo, mas esperança de que Deus, um dia, libertará seu povo da escravidão deste mundo para colocá-lo numa terra que mana leite e mel - para sempre (Ap. 21).

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